O “Luto”: onde e quando vamos experimentar esse sentimento na nossa jornada? 

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Por Cris dos Prazeres

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Toda minha trajetória foi de perdas e ganhos, alguns desses me ensinaram duras lições. Principalmente sobre gratidão por tudo que tenho e principalmente que tudo que tenho é o agora, para sorrir ou chorar, celebrar, aprender e simplesmente viver. As minhas perdas, sejam elas das pessoas que amo na minha linhagem direta ou as que me conectei, alguns familiares importantes que já se foram, um parente distante que já não posso mais conhecer e abraçar, um pet que viveu ao meu lado por muitos anos, onde o afeto e carinho era uma celebração diária, ou um amigo que o sentimento era de irmandade. Como podemos olhar para esses momentos de perdas e não celebrar só a tristeza, mas também as memórias felizes das conquistas? É possível vivenciar o luto misturando os sentimentos? No vazio, tenho colocado as muitas memórias de felicidade e gratidão por tudo que foi vivenciado, todas experiências e as melhores lembranças. 

Só há sofrimento na perda de alguém que amamos? Ou vale acessar o que vivemos e termos gratidão pelas histórias e memórias? Sabemos que sofremos até por pessoas que não conhecemos e nunca vivenciamos momentos juntos. Fico pensando que cada um de nós terá comportamentos e sentimentos diferentes diante da perda. Me lembrarei de tentar me acolher, me permitindo chorar e também ser acolhida por pessoas que estejam vivenciando esta perda. Sabemos que a única certeza que podemos ter é que tudo é passageiro, até as situações que não desejamos vivenciar, a perda, o luto… mesmo que tenhamos certeza que eles virão, seja para nós ou os nossos. 

Tenho muitas memórias de perdas, principalmente de pessoas queridas e entendi rapidamente que todos nós estamos de passagem e tudo ao nosso redor também tem tempo de existência, tempo esse que por mais que cuidemos vai chegar ao fim, só não sabemos quando. Me pergunto se soubéssemos o tempo exato de existências das pessoas e tudo que amamos, será que mudaríamos nosso comportamento no agora? Certamente não vamos ter resposta, mas podemos pensar a respeito e quem sabe nos prepararmos todos os dias, vivendo o nosso melhor e programarmos a nossa mente para a despedida. 

E o que nos resta diante desse mistério que chamamos de tempo:  melhorar ao máximo os nossos momentos agora, deixar as coisas pequenas no lugar pequeno, e as grandes no lugar grande, sem exagero e sem desespero. Simplesmente dizer eu te amo para as pessoas que realmente amamos. O tempo é o grande mestre da nossa existência, só não nos revela quanto tempo teremos. Viver o hoje sempre com intensidade, felicidade e gratidão. Celebre sua existência a cada momento, mesmo que não esteja no seu melhor, lembrando que somos passageiros na jornada da vida assim como os momentos que vivenciamos, sejam felizes ou tristes, viva-os com dignidade.

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