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Filmes, cabelos e nossas histórias
Data
- April 15, 2024
Criador
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Como roteirista e amante da sétima arte, sempre gosto de ressaltar como as histórias de cinema mudam as nossas histórias. Um simples filme pode nos fazer chorar, sorrir, sonhar e até mesmo repensar nossas atitudes.
Mas todas essas sensações estão diretamente relacionadas às nossas vivências individuais. Como diria o crítico de cinema Pablo Villaça, “todo filme é a junção daquele filme com todos os outros filmes que você já assistiu e com as suas experiências pessoais”. Por isso temos opiniões e sentimentos diferentes com relação a essas produções artísticas.
E muitas vezes o nosso apego aos filmes é justificado por um elemento muito importante: a conexão. Normalmente, nos conectamos com histórias que nos fazem lembrar das nossas vidas ou com personagens empáticos.
Ao assistir a um filme, você acompanha uma narrativa a partir da perspectiva de um personagem com características internas e externas. Na grande maioria das vezes, as características internas são as principais responsáveis pelas conexões geradas entre público e protagonista. Contudo, as características externas também podem potencializar esse laço, pois dizem muito sobre a personalidade dos personagens e sobre o que estão vivendo, como acontece em “Cruella”, “Piratas do Caribe”, “Closer – Perto Demais”, “Bingo: O Rei das Manhãs” e tantos outros filmes.
Em alguns casos, as características externas tendem a fortalecer o sentimento de representatividade, e a representatividade encontrada em determinados personagens costuma estar muito atrelada aos cabelos!
Como eu disse anteriormente, histórias de cinema mudam as nossas histórias.
E só para citar dois exemplos, eu aposto que a vida de crianças ruivas de cabelos cacheados mudaram quando assistiram ao filme “Valente” pela primeira vez e que experiência de pessoas pretas ao verem cabelos como os seus expostos em heróis da Marvel, como acontece no filme “Pantera Negra” também foi extremamente empolgante.
Sim, nossas emoções podem estar no cabelo. Até mesmo nos fios de personagens ficcionais dos mais diferentes tipos, pois essas figuras nos fazem acreditar em nós mesmos a partir de atitudes comuns, heróicas e inspiradoras. E, claro, a partir de características externas semelhantes às nossas. Como o cabelo!
Afinal, ver um filme é maravilhoso, mas SE VER em um filme é algo inesquecível.
Isso muda as nossas histórias.
Dani Furlan é roteirista certificado pela London Film Academy, professor de cinema, jornalista, escritor e atua como gerente de canais orgânicos da Casa do Saber.
Instagram: @_danielfurlan
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