Educação é a ponte segura para nos conectar ao conhecimento 

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Por Cris dos Prazeres

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Estou sempre me perguntando porque o conhecimento segrega e nos faz pessoas tão agressivas e arrogantes. Todas as vezes que me encontro com pessoas inteligentes, letradas e as ouço, tenho a impressão que elas não se dão conta de quanto são inspiradoras e importantes na transformação da educação social e econômica do nosso país, como elemento de conexão do saber e enriquecimento de uma geração pelo conhecimento. Mas a descoberta lá nos tempos de mil e antigamente, que conhecimento é riqueza e informação é poder, hm… a partir dela criamos nós uma legião de gananciosos e poderosos, que não só sabem o valor mas também o poder que o conhecimento traz. Palavras difíceis, ou aquelas que precisamos pesquisar no dicionário o significado, passaram a ser verbalizadas nos muitos discursos e conversas, do diálogo mais simples ao mais elaborado. Será que se mostrar inteligente é para se sentir importante?

Apenas para preencher um espaço vazio onde o afeto se esvaziou para dar espaço ao conhecimento? Existem tantas dificuldades para o compartilhá-la e tanta facilidade para impor… será que essa geração de sábios deixou um legado no mundo? Fico me perguntando se escrever livros para um país com milhões de pessoas que não sabem ler é realmente a herança que deixaremos para as novas gerações que estarão aqui. Quem sabe deveriamos parar um pouco e voltar juntos a atenção para a história, principalmente do povo negro e indigena, que foram privados do acesso aos espaços de aprendizagem, assim como as mulheres e principalmente as mulheres negras. Rever é importante, porque por melhor que seja o planejamento da jornada, sem clareza do ponto de partida podemos ser levados a outras trajetórias que fogem do caminho da evolução educacional e assim não colaboram para alcançar o lugar de um país que realmente valoriza a educação pública.

Claramente a educação privada está aí nos mostrando isso. Todas as vezes que penso sobre esse tema, lembro-me que a educação privada tem profissionais que vieram das escolas públicas e reflito sobre como a privada cresce e se multiplica enquanto a pública só se vê a ampliação do caos e o esvaziamento do desejo de alunos e professores de se manterem acessando o espaço da escola. Será que não há mais desejo de ambas as partes? Está o sistema trabalhando firme e forte para uma extinção desse modelo desgastado e caótico que só se desintegra, degenera e se desconecta das novas gerações de alunos e professores?

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